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domingo, 27 de fevereiro de 2011

O Cenário Econômico e a Gestão Empresarial


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O Cenário Econômico e a Gestão Empresarial

Por Jose Carlos Panegalli
25/02/2010.

As empresas não podem permitir-se ignorar os acontecimentos do mundo exterior.

A interdependência das empresas entre si e destas com o Estado e com a economia internacional, é patente. A sobrevivência empresarial depende, em grande parte, do conhecimento dos fatos atuais e da previsão dos acontecimentos futuros, tanto no plano nacional quanto no internacional.

Esta é uma condição de trabalho inerente ao próprio estágio de desenvolvimento pelo qual está passando o Brasil. Em princípio, é uma fase de constantes ajustes e reajustes, pois qualquer trabalho atual constitui apenas um teste para o futuro, cujo alvo é a meta do desenvolvimento global. O cenário econômico e financeiro nacional repercute sempre, direta ou indiretamente, sobre as atividades da empresa.

O administrador empresarial, para gerir bem os negócios e agir nas oportunidades de mercado, deve estar atendo às questões como: expansão econômica, efeitos da inflação, comportamento dos preços, renda per capita, política salarial e aumento de renda, custo de vida, especialização da mão-de-obra e progresso tecnológico. É fundamental ter também o domínio e conhecimento sobre o fluxo de recursos, tais como: fontes externas, empréstimos a juros, fontes internas, exportações e importações, balança comercial, déficits governamentais e aumentos de impostos, cujos fatores provocam mutações na economia.

Importante medir a temperatura econômica, acompanhando os principais índices econômicos, e para compreendermos a importância da economia na gestão das empresas, temos que entender o que seja: micro-economia - o estudo do comportamento dos mercados específicos e da alocação de recursos entre eles, e macroeconomia - o estudo dos eventos no âmbito de toda a economia, como inflação e deflação, prosperidade e recessão.

Os aspectos macroeconômicos:

Se a macroeconomia estuda a estrutura institucional do sistema financeiro e as políticas econômicas de que o governo federal dispõe para controlar satisfatoriamente o nível de atividade econômica dentro da Economia do país, temos também claro que a teoria e a política macroeconômica não conhecem limites geográficos, pois visam estabelecer uma estrutura internacional segundo a qual os recursos fluam livremente entre as instituições e nações, a atividade econômica seja estabilizada e o desemprego possa ser controlado.

Uma vez que a empresa deve operar no âmbito macroeconômico, é importante que o administrador esteja ciente de sua estrutura institucional, estando alerta para as conseqüências de diferentes níveis de atividade econômica e mudanças na política econômica que afetem seu próprio ambiente de decisão. Sem compreender o funcionamento do amplo ambiente econômico, o administrador não pode esperar obter sucesso para a empresa. Deve perceber as conseqüências de uma política monetária mais restritiva sobre a capacidade da empresa obter recursos e gerar receitas. Precisa conhecer as várias instituições que atuam na economia para poder avaliar os canais potenciais de investimento e financiamento dos seus negócios.

O processo de desenvolvimento econômico do país pode ser avaliado pelo índice agregado, ou seja, o Produto Nacional Bruto (PNB), que provém da produção líquida de todos os ramos de atividades do país, formando um valor global, que pode ser comparado com diferentes níveis de produção, em termos monetários, ao longo dos anos, sendo este indicador uma referência que permite relacionar o ramo de atividade e/ou o da empresa, estabelecendo-se um parâmetro quanto ao comportamento crescente ou decrescente, tempestivamente.

O crescimento do PNB sintetiza a evolução da produtividade de uma economia, cujas flutuações, determinam o progresso obtido ou a regressão sofrida pelo país, sendo tudo isso, resultante da ação empresa nacional.

Os efeitos da inflação, por exemplo, sobre a vida empresarial, além de afetar, em certo grau, as relações entre empregados e empregadores é mais acentuado nos assuntos que envolvem: custos industriais, despesas com serviços e gerais, encargos financeiros, reposição de bens, renovação tecnológica e, planos de expansão a longo-prazo, métodos de gestão, reajustes salariais, etc.. Estes efeitos devem ser imediatamente processados e compreendidos no processo decisório da empresa, exigindo as adequações para a sobrevivência.

Os aspectos microeconômicos:

A micro-economia trata da determinação de estratégias operacionais ótimas para empresas ou indivíduos e as suas teorias fornecem a base para a operação eficiente da empresa. Os conceitos envolvidos nas relações de oferta e demanda, as estratégias de maximização do lucro são extraídos da teoria microeconômica. Questões relativas à composição de fatores produtivos, níveis ótimos de vendas e estratégias de determinação de preço do produto, a mensuração de preferência através do conceito de utilidade, risco e determinação de valor, as razões para depreciar ativos e a análise marginal são todas fundamentadas por teorias no nível microeconômico.

A globalização:

A sabedoria convencional nos ensina que os países não mais dispõem do poder absoluto de controlar o seu próprio destino; os governos estão à mercê dos mercados internacionais. O comércio mundial cresceu num ritmo mais acelerado que a produção, e agora o capital internacional se movimenta a uma velocidade sem precedentes, porém, o comércio internacional não é a fonte dos principais problemas dos países. Efeitos da competição internacional, decorrentes da globalização, está muito ligada à produtividade das empresas, à qualidade dos produtos, aos custos e aos serviços agregados nessas relações comerciais internacionais. O superávit comercial é importante para país, mas nem sempre representa força, pois depende do tipo de produto que é exportado, se de valor agregado ou não, e da importância das importações para o desenvolvimento interno.

Conclusão:

Atualizam-se os cenários econômicos nacionais e internacionais, surgem novas tecnologias, evoluem os sistemas de comunicação, instalam-se comunidades econômicas e blocos econômicos, e as empresas, dentro destes ambientes, ajustando-se para a sobrevivência. No Brasil, principalmente nesta última década, as empresas passaram por fusões, aquisições, incorporações, privatizações, com grande presença de capital estrangeiro, provocando mudanças significativas na gestão empresarial, forçadas pelos fatos econômicos. A globalização e a competitividade passaram a exigir das empresas novas posturas com relação à produtividade e qualidade dos seus produtos e serviços.

É certo, hoje, os administradores brasileiros estão mais atentos às questões macroeconômicas e, centrados na solução dos problemas internos, aqueles tidos como microeconômicos, de olho no que estão fazendo as empresas lá fora, para que, na continuidade, o Brasil possa estar entre os países mais importantes da economia mundial.

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Prof. José Carlos Panegalli, Empresário, Assessor Empresarial, Contador CRC 7473 e Administrador CRA 571

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