Ola!!! Sejam Bem Vindos.

Para alguns, Economia e Finanças assustam um pouco, mais parecem grego, de grego mesmo só o nome do Blog. Este Blog pretende contribuir para a desmistificação de tão vasto e importante tema. Divirtam-se e continuem a conquistar o conhecimento.

Sucesso sempre.




domingo, 23 de outubro de 2011

O Professor esta sempre errado

Recebi por email o texto abaixo, de autoria do Jô Soares (não confirmei).


O PROFESSOR ESTÁ SEMPRE ERRADO
Jô Soares

O material escolar mais barato
que existe na praça é o
PROFESSOR!
É jovem, não tem experiência.
É velho, está superado.
Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Fala em voz alta, vive gritando.
Fala em tom normal, ninguém escuta.
Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Precisa faltar, é um 'turista'.
Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Não conversa, é um desligado.
Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Não brinca com a turma, é um chato.
Chama a atenção, é um grosso.
Não chama a atenção, não sabe se impor.
A prova é longa, não dá tempo.
A prova é curta, tira as chances do aluno.
Escreve muito, não explica.
Explica muito, o caderno não tem nada.
Fala corretamente, ninguém entende.
Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Exige, é rude.
Elogia, é debochado.
O aluno é reprovado, é perseguição.
O aluno é aprovado, deu 'mole'.

É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

domingo, 18 de setembro de 2011

Blocos Econômicos

Origem do processo

A formação de blocos econômicos regionais em modalidades semelhantes às existentes no mundo atual ocorreu, pela primeira vez, próximo ao final da 2ª Guerra Mundial, com a criação do Benelux (Bélgica, Holanda e Luxemburgo). Após a guerra, a idéia de integração econômica baseada em uma economia supranacional começou a ganhar força na Europa Ocidental.
Diante da perspectiva de concorrer com os Estados Unidos, fazer frente ao crescimento da União Soviética e reduzir o risco de os nacionalismos provocarem novos conflitos, os países europeus firmaram uma série de acordos com o objetivo de unir o continente, reestruturar, fortalecer e garantir a competitividade de suas economias.
Posteriormente, a experiência européia foi estendida a outros continentes e foram desenvolvidas várias iniciativas de integração regional. Entretanto, a única que teve permanência e consistência em suas ações foi a Comunidade Econômica Européia (CEE), transformada em 1992 em União Européia (UE).

Modalidades de integração regional

Os blocos econômicos existentes no mundo são classificados a partir dos acordos estabelecidos entre eles, e podem ser agrupados em:

Zona de preferência tarifária - é o processo mais simples de integração em que os países pertencentes ao bloco gozam de tarifas mais baixas do que as tarifas aplicadas a outros que não possuem acordo preferencial. É o caso da ALADI (Associação Latino-Americana de Integração);
Zona de livre comércio - reúne os países através de acordos comerciais que visam exclusivamente à redução ou eliminação de tarifas aduaneiras entre os países-membros do bloco. Só é considerada uma Zona de Livre Comércio quando pelo menos 80% dos bens são comercializados sem taxas alfandegárias. O principal exemplo é o Nafta - Acordo de Livre Comércio da América do Norte.
União aduaneira - é um estágio mais avançado de integração. Além dos países eliminarem as tarifas aduaneiras entre si, estabelecem as mesmas tarifas de exportação e importação TEC (Tarifa Externa Comum) para o comércio internacional fora do bloco. A união aduaneira exige que pelo menos 85% das trocas comerciais estejam totalmente livres de taxas de exportação e importação entre os países-membros. Apesar de abrir as fronteiras para mercadorias, capitais e serviços, não permite a livre circulação de trabalhadores. O principal exemplo é o Mercosul - Mercado Comum do Sul.
Mercado comum - visa à livre circulação de pessoas, mercadorias, capitais e serviços. O único exemplo é a União Européia, que, além de eliminar as tarifas aduaneiras internas e adotar tarifas comuns para o mercado fora do bloco, permite a livre circulação de pessoas, mão-de-obra, capitais e todo tipo de serviços entre os países-membros.
União econômica e monetária - é formada pelos países da União Européia, que, em 1º de janeiro de 2002, adotaram o euro como moeda única. Apenas 13 países pertencem à zona do euro: Áustria, Bélgica, Finlândia, França, Alemanha, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda (Países Baixos), Portugal, Grécia, Espanha e Eslovênia.

Vantagens e desvantagens.

Em todas as modalidades de integração supranacional, ocorre a redução ou eliminação das tarifas ou impostos de importação entre os países-membros. Por isso, os países que integram esses blocos (zona de livre comércio, união aduaneira, mercado comum ou união econômica e monetária) adotam, logo de início, a redução das tarifas de importação de várias mercadorias.
Neste sentido, os acordos de integração econômica trazem uma série de conseqüências para as empresas e a população dos países que integram estes blocos. Os consumidores podem se beneficiar dos produtos mais baratos que entram no país. No entanto, muitos desses consumidores podem ser prejudicados com o desemprego, em virtude da falência ou diminuição da produção das empresas nas quais trabalhavam, pois muitas delas não conseguem concorrer com os produtos mais baratos que vêm dos outros países com os quais são mantidas alianças.
Dessa forma, no âmbito das empresas e da sociedade num país que compõe um bloco, há ganhadores e perdedores. Mas, apesar dessas implicações, os blocos econômicos, de modo geral, têm atuado sem que haja maior participação da sociedade nas decisões. Estas são tomadas pelos governantes e pela elite econômica. No caso da UE, decisões mais importantes, na maioria dos países, são tomadas após consulta à população através de plebiscitos. Exceção à UE, não é este processo que ocorre no resto do mundo. Blocos Econômicos são reuniões de países que têm como objetivo a integração econômica e social.

Principais Blocos Econômicos.

BENELUX
Considerado o embrião da União Européia, este bloco econômico envolve a Bélgica, Holanda e Luxemburgo. O BENELUX foi criado em 1958 e entrou em operação em 1 de novembro de 1960.

U. E.
Conhecido inicialmente como Comunidade Econômica Européia (CEE), o bloco econômico formado por 15 países da Europa Ocidental passa formalmente a ser chamada de UNIÃO EUROPÉIA (EU) em 1993, quando o Tratado de Maastricht entra em vigor. É o segundo maior bloco econômico do mundo em termos de PIB, com uma população de 374 milhões de pessoas.
A Comunidade Européia foi constituída em seu início por doze países: Alemanha, França, Espanha, Itália, Bélgica, Portugal, Grécia, Luxemburgo, Países Baixos, Reino Unido, Irlanda e Dinamarca. Em 1995, foram aceitos a Áustria, a Finlândia e a Suécia, ampliando o antigo número, agora, para quinze.
Todos os países que estão neste mercado, abriram suas fronteiras alfandegárias sendo que os países restantes podem vender suas mercadorias em qualquer destes, sem pagar nenhum imposto. Sucessivos tratados foram negociados para uma unificação na economia e também, em parte, na política avançando enormemente. Sendo que áreas mais atrasadas neste bloco estão recebendo apoio por parte dos outros integrantes para que haja desenvolvimento, num todo; e é claro tendo um segredo para todo este sucesso, que é, um grande mercado consumidor de 360 milhões de pessoas.
Com a unificação da Europa, as empresas estão ocupando um mercado mais amplo, fazendo até fusões com empresas de outros países deste bloco. E com essa unificação, o conceito de cidadania mudou junto, já que um belga pode fazer um seguro na Itália, um alemão pode comprar um carro inglês do mesmo preço que se é praticado neste país e um espanhol pode abrir a filial de sua firma na Holanda. Um porém, nesta unificação é que os países dela compostos, devem dar prioridade aos produtos que são fabricados dentro da união, como é o caso da Grã-Bretanha que deixou de comprar lã da Austrália e Nova Zelândia para dar este direito aos italianos e dinamarqueses, mesmo seus preços sendo mais elevados. Um dos maiores problemas existentes nesta união são a mão-de-obra desempregada.
Tratado de Maastricht; Assinado em dezembro de 1991, em Maastricht (Holanda – Países Baixos), prevê um mercado interno único e um sistema financeiro e bancário comum com moeda própria o euro, que entrou em circulação em 1999. Também fica garantida a cidadania única aos habitantes dos países do bloco. Em 1995, a União Européia passa a incluir três novos Estados-Membros, a Áustria, a Finlândia e a Suécia. Uma pequena localidade luxemburguesa dá o seu nome aos acordos de “Schengen”, que gradualmente permitiu às pessoas viajarem sem que os seus passaportes sejam objeto de controle nas fronteiras. O acordo lança ainda as bases de uma política externa e de defesa européias. A União da Europa Ocidental (UEO) será o braço armado da UE e agirá em sintonia com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar ocidental liderada pelos EUA. Na questão social, ficam definidos quatro direitos básicos: livre circulação, assistência previdenciária, igualdade entre homens e mulheres e melhores condições de trabalho. Além disso, serão unificadas as leis trabalhistas, criminais, de imigração e as políticas externas dos países membros. Após sua assinatura, o Tratado é submetido à aprovação da população de cada país membro por meio de plebiscitos nacionais ou votações indiretas. 

Histórico:
1951 - Criada a Comunidade Européia do Carvão e do Aço.
1957 - Tratado de Roma (Comunidade Econômica Européia - Europa dos 6)
1992 - Consolidação do Mercado Comum Europeu (eliminação das barreiras alfandegárias)
1993 - Entra em vigor o Tratado de Maastricht (Holanda), assinado em 1991.
Membros: França, Itália, Luxemburgo, Holanda, Bélgica, Alemanha (1957), Dinamarca, Irlanda, Reino Unido (1973), Grécia, Espanha, Portugal (1981/1986), Áustria, Suécia, Finlândia, Bulgária e Romênia.
Em 2004 ocorreu o ingresso de mais 10 países: Letônia, Estônia, Lituânia, Eslovênia, República Tcheca, Eslováquia, Polônia, Hungria, Malta e Chipre.

ASEAN
A ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) foi criada em 8 de agosto de 1967. É composta por dez países do sudeste asiático (Tailândia, Filipinas, Malásia, Cingapura, Indonésia, Brunei, Vietnã, Mianmar, Laos, Camboja).

APEC
Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico.
A APEC, Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico, foi criada no ano de 1989 na Austrália, como um fórum de conversação entre os países membros da ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático) e seis parceiros econômicos da região do Pacífico, como EUA e Japão. Porém, apenas no ano de 1994 adquiriu características de um bloco econômico na Conferência de Seattle, quando os membros se comprometeram a transformar o Pacífico em uma área de livre comércio.
A APEC, surgiu em decorrência de um intenso desenvolvimento econômico ocorrido na região da Ásia e do Pacífico, propiciando uma abertura de mercado entre 20 países mais Hong Kong (China), além da transformação da área do sudeste asiático em uma área de livre comércio nos anos que antecederam a criação da APEC, causando um grande impacto na economia mundial.
Um aspecto estratégico da aliança era aproximar a economia norte-americana dos países do Pacífico, a para contrabalançar com as economias do Japão e de Hong Kong. Entre os aspectos positivos da criação da APEC, estão: o desenvolvimento das economias dos países membros que expandiram seus mercados, sendo que hoje em dia, além de produzirem suas mercadorias, correspondem a 46% das exportações mundiais; além da aproximação entre a economia norte americana e os países do Pacífico e o crescimento da Austrália como exportadora de matérias primas para outros países membros do bloco.
Como aspectos negativos, pode-se salientar que um dos maiores problemas da APEC, senão o maior é a grande dificuldade em coincidir os diferentes interesses dos países membros e daqueles que estão ligados ao bloco, como Peru, Nova Zelândia, Filipinas e Canadá. Além disso, o bloco tem pouco valor em relação a Organização Mundial do Comércio, mesmo sendo responsável por grande movimentação no comércio mundial.
Países Membros: os países membros da APEC são: Os integrantes da Apec são: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, China, Indonésia, Japão, Coréia do Sul, Malásia, México, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Peru, Filipinas, Rússia, Cingapura, Tailândia Vietnã e Estados Unidos, além de Taiwan (Formosa) e Hong Kong.

CEI
Comunidade dos Estados Independentes.
A CEI é uma organização criada em 1991 que integra 12 das 15 repúblicas que formavam a URSS. Ficam de fora apenas os três Estados bálticos: Estônia, Letônia e Lituânia.
Sediada em Minsk, capital da Belarus, organiza-se em uma confederação de Estados, preservando a soberania de cada um. Sua estrutura abriga dois conselhos: um formado pelos chefes de Estados, e outro pelos chefes de Governo, que se encontram de três em três meses.
No ato de criação, a comunidade prevê a centralização das Forças Armadas e o uso de uma moeda comum: o Rublo. Na prática, porém, as ex-repúblicas não chegam a um consenso sobre integração político-econômica. Somente em 1997 todos os membros, exceto a Geórgia, assinam um acordo para estabelecer uma união alfandegária e dobrar o comércio interno até o ano de 2000, porém poucos resultados práticos puderam ser vistos até hoje.

G-7 - Grupo dos 7, ou G-8 - Grupo dos 8 (Grupo dos 7 mais a Rússia).
O grupo nasce em 1975 da iniciativa do então primeiro-ministro alemão Helmut Schmidt e do presidente francês Valéry Giscard d'Estaign. Eles reúnem-se com líderes dos EUA, do Japão e da Grã-Bretanha para discutir a situação da política econômica internacional. Com a admissão da Itália e Canadá (1976), passa a ser chamado de Grupo dos Sete.
O G-7 é formado por Alemanha, França, Estados Unidos, Japão, Grã-Bretanha, Itália e Canadá, os países mais industrializados do mundo e tem como objetivo coordenar a política econômica e monetária mundial. Em reunião realizada em 1997, em Denver (EUA), a Federação Russa é admitida como país-membro, mas não participa das discussões econômicas. O G-7 realiza três encontros anuais, sendo o mais importante a reunião de chefes de governo e de Estado, quando os dirigentes assinam um documento final que deve nortear as ações dos países membros.
A partir dos anos 80, esses países passam a discutir também temas gerais, como drogas, democracia e corrupção. A Rússia participa como convidado especial da reunião do G-7 desde 1992.

PACTO ANDINO

Bloco econômico da América do Sul é formado por: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela. Foi criado no ano de 1969 para integrar economicamente os países membros. As relações comerciais entre os países membros chegam a valores importantes, embora os Estados Unidos sejam o principal parceiro econômico do bloco.
NAFTA
Acordo de Livre Comércio da América do Norte.
O NAFTA é um instrumento de integração entre a economia dos EUA, do Canadá e do México. O primeiro passo, para sua criação foi o tratado de livre comércio assinado por norte-americanos e canadenses em 1988, os mexicanos aderiram em 1992.
A ratificação do NAFTA, em 1993, vem para consolidar o intenso comércio regional já existente na América do Norte e para enfrentar a concorrência representada pela União Européia. Entra em vigor em 1994, estabelecendo o prazo de 15 anos para a total eliminação das barreiras alfandegárias entre os três países. Seu mais importante resultado até hoje é a ajuda financeira prestada pelos EUA ao México durante a crise cambial de 1994, que teve grande repercussão na economia global.
MERCOSUL
Mercado Comum do Sul.
Criado em 1991, o MERCOSUL é composto por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, países sul-americanos que adotam políticas de integração econômica e aduaneira. A origem do MERCOSUL está nos acordos comerciais entre Brasil e Argentina elaborados em meados dos anos 80.
A partir do início da década de 90, o ingresso do Paraguai e do Uruguai torna a proposta de integração mais abrangente. Em 1995 instala-se uma zona de livre comércio.
Cerca de 90% das mercadorias fabricadas nos países-membros podem ser comercializadas internamente sem tarifa de importação. Alguns setores, porém, mantém barreiras tarifárias temporárias, que deverão ser reduzidas gradualmente. Além da extinção de tarifas internas, o MERCOSUL estipula a união aduaneira, com a padronização das tarifas externas para diversos itens, ou seja: os países-membros comprometem-se a manter a mesma alíquota de importação para determinados produtos.
Os países-membros totalizam uma população de 206 milhões de habitantes e um PIB de 1,1 trilhão de dólares. A sede do MERCOSUL se alterna entre as capitais desses países. Segundo cláusula de 1996 só integram o MERCOSUL nações com instituições políticas democráticas. Chile e Bolívia são membros associados, assinando tratado para a formação de zona de livre comércio, mas não entram na união aduaneira.
APEC
A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico) foi criada em 1993 na Conferência de Seattle (Estados Unidos da América). Integram este bloco econômico os seguintes países: Estados Unidos da América, Japão, China, Formosa (também conhecida como Taiwan), Coréia do Sul, Hong Kong (região administrativa especial da China), Cingapura, Malásia, Tailândia, Indonésia, Brunei, Filipinas, Austrália, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Canadá, México, Rússia, Peru, Vietnã e Chile. Somadas as produções industriais de todos os países, chega-se a metade de toda produção mundial. Quando estiver em pleno funcionamento (previsão para 2020), será o maior bloco econômico do mundo.
TIGRES ASIÁTICOS
Fazem parte: Japão, China, Formosa, Cingapura, Hong Kong e Coréia do Sul, tendo um PIB de 4,25 trilhões de dólares, e um mercado consumidor de 1.295 bilhão de pessoas.
Na Bacia do Pacífico, quem predomina sobre os outros componente é o Japão, com uma economia super competitiva que está enfrentando a UNIÃO EUROPÉIA e os EUA. O Japão destina volumosos investimentos aos Dragões Asiáticos - Coréia do Sul, Formosa, Cingapura e Hong Kong - que são os países que mais crescem industrialmente naquela região e precisam de apoio financeiro. Os países de industrialização mais recente (Indonésia, Tailândia e Malásia, além das zonas exportadoras do litoral da China), o Japão também está colaborando para o desenvolvimento dos mesmos neste setor.
A partir da década de 70, o direcionamento da indústria eletrônica para a exportação de produtos baratos traz prosperidade econômica crescente e rápida para alguns países da Ásia. Coréia do Sul, Formosa (Taiwan), Hong Kong e Cingapura são os primeiros destaques. Dez anos depois, Malásia, Tailândia e Indonésia integram o grupo de países chamados Tigres Asiáticos. Apesar da recessão mundial dos anos 80, apresentam uma taxa de crescimento médio anual de 5%, graças à base industrial voltada para os mercados externos da Ásia, Europa e América do Norte.
As indústrias e exportações concentram-se em produtos têxteis e eletrônicos. Os Tigres beneficiam-se da transferência de tecnologia obtida através de investimentos estrangeiros associados a grupos nacionais. Os Estados Unidos e o Japão são os principais parceiros econômicos e investidores. Com exceção de Cingapura, as economias dos Tigres Asiáticos dispõem de mão-de-obra barata: as organizações sindicais são incipientes e as legislações trabalhistas forçam a submissão dos trabalhadores. Tal situação só é possível porque é sustentada por uma cultura conformista, que valoriza a disciplina e a ordem, e admite a intervenção do Estado em diversos setores econômicos. O planejamento estatal é posto em prática em larga escala, seguindo de perto o modelo japonês. Os regimes fortes e centralizadores da Indonésia, Cingapura e Malásia, garantem a estabilidade política necessária para sustentar o desenvolvimento industrial e atrair investimentos estrangeiros. Na Coréia do Sul, os golpes de Estado são acompanhados de perseguições e assassinatos de políticos oposicionistas, e de massacres de grevistas. Em Formosa, o regime ditatorial de Chiang Kaishek, iniciado em 1949, prolonga-se até 1985, quando se inicia um processo de lenta transição para a democracia. Chiang Kaishek morre em 1975 e seu filho Chiang Ching-Kuo mantém o regime ditatorial por mais nove anos. Em 1984, o destino de Hong Kong é decidido por um acordo entre o Reino Unido e a China. A devolução do território de Hong Kong à soberania chinesa ocorreu em agosto de 1997. Em troca, a China prometeu manter o sistema capitalista em Hong Kong durante 50 anos, cedendo-lhe autonomia administrativa.

CARICOM
O Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom), criado em 1973, é um bloco de cooperação econômica e política formado por 14 países e quatro territórios. Em 1998, Cuba foi admitida como observadora. O bloco marcou para 1999 o início do livre comércio entre seus integrantes.
Membros - Barbados, Guiana, Jamaica, Trinidad e Tobago (1973); Antígua e barbuda, Belize, Dominica, Granada, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, São Cristóvão e Névis (1974); Suriname (1995); Bahamas torna-se membro em 1983, mas não participa do mercado comum. O Haiti é admitido em julho de 1997, porém suas condições de acesso ainda não foram concluídas. Territórios: Montserrat (1974); ilhas Virgens Britânicas, Ilhas Turks e Caicos (1991); Anguilla (1999).

CAFTA-DR
O Congresso norte-americano aprovou o Cafta-DR (Acordo de Livre Comércio da América Central e República Dominicana) por 217 a 215 votos, na madrugada da quinta-feira de 28/07/2005.
O projeto vem sendo tratado como alternativa dos países desenvolvidos à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), cujas negociações estão emperradas.
Apesar de o Brasil não participar diretamente do acordo, a aprovação do tratado pode beneficiar o país, pois o açúcar brasileiro ganharia competitividade com a eventual eliminação de cotas de importação ao produto nos EUA.  O Cafta envolve, além dos EUA, Costa Rica, El Salvador, Nicarágua, Honduras, Guatemala e República Dominicana.

SADC
A Comunidade da África Meridional para o Desenvolvimento (SADC) é estabelecida em 1992 para incentivar as relações comerciais entre seus 14 países-membros, com o objetivo de criar um mercado comum e também promover esforços para estabelecer a paz e a segurança na conturbada região. Há planos de adotar uma moeda comum em 2000.
Membros: Angola, África do Sul, Botsuana, Lesoto, Malauí, Maurício, Moçambique, Namíbia, República Democrática do Congo, Seicheles, Suazilândia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue.

ASSOCIAÇÃO LATINO-AMERICANA DE INTEGRAÇÃO (ALADI)
Criada em 12 de agosto de 1980 pelo Tratado de Montevidéu, a ALADI objetivou criar um mercado comum latino-americano, a longo prazo e de maneira gradual, mediante a concessão de preferências tarifárias e acordos regionais e de alcance parcial.
A ALADI substituiu a ALALC, a antiga Associação Latino-Americana de Livre Comércio, que foi criada em 1960. A ALADI congrega uma população de 449,7 milhões de habitantes, formando um PIB de US$ 1,760,4 trilhão, gerando exportações no valor de US$ 362,3 bilhões e importações que alcançam os US$ 365,5 bilhões. Cuba é o mais recente país-membro da ALADI. São Países-Membros da ALADI: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, México, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

ACORDO COMERCIAL SOBRE RELAÇÕES ECONÔMICAS ENTRE AUSTRÁLIA E NOVA ZELÂNDIA (ANZCERTA)

Criado em 1983, tornou-se o principal instrumento de administração das relações econômicas entre Austrália e Nova Zelândia. Foi planejado para transformar-se em um acordo entre os dois países, cujo principal objetivo é a criação de uma área de livre comércio. Entre 1983 e 1999, o ANZCERTA elevou as relações comerciais australiano-neozelandezas em mais de 400%, o que significou um volume de transações acima de 10 bilhões de dólares australianos, em 1998. Além do protocolo geral destinado a acelerar o livre comércio de mercadorias entre os dois países, o ANZCERTA destaca-se pelo seu protocolo sobre livre comércio na área de serviços, o primeiro do mundo globalizado.
Vale destacar que o ANZCERTA assinou um acordo inicial com o ASEAN, em 1995, para facilitar os fluxos de comércio e de investimentos entre as duas regiões. No momento, os dois blocos estabeleceram um grupo de trabalho que estuda a possibilidade de criação de uma área de livre comércio, reunindo o ANZCERTA e o ASEAN, até 2010. O bloco reúne uma população de 22,5 milhões de habitantes, com um PIB de US$ 468,1 bilhões, um montante de exportação no valor de US$ 70,3 bilhões e importações que atingem os US$ 75,7 bilhões. São países-membros do ANZCERTA: Austrália e Nova Zelândia.

ASSOCIAÇÃO EUROPÉIA DE LIVRE COMÉRCIO (EFTA)

A EFTA foi constituída pela Convenção de Estocolmo, assinada em 04 de janeiro de 1960, tendo como primeiros parceiros Áustria, Dinamarca, Noruega, Portugal, Suécia, Suíça e Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte). A EFTA surgiu como uma oposição à Comunidade Econômica Européia (CEE), pois seus Estados-Membros procuravam evitar o que consideravam pesados compromissos econômicos e institucionais, pois enquanto o Reino Unido buscava total liberdade econômica, sem maiores compromissos institucionais, a Áustria, a Suécia e a Suíça defendiam o direito à soberania política. Com o fortalecimento da Comunidade Européia, a EFTA perdeu a maioria de seus integrantes, pois Áustria, Dinamarca, Portugal, Suécia, Reino Unido e Finlândia, que entrou em 1986, aderiram ao bloco de maior magnitude. Hoje, a EFTA restringe-se à associação de apenas quatro países, a saber, Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça. O grupo abriga uma população de 12 milhões de habitantes, que gera um PIB US$ 416,713 bilhões, exportações num total de US$ 122,2 bilhões e importações de US$ 110,5 bilhões. Em 02 de maio de 1992, na cidade do Porto, Portugal, a EFTA assinou com a União Européia um acordo criando o Espaço Econômico Europeu (EEE), o qual viabilizará, não só aumento do volume de comércio com a União Européia como também a participação dos seus quatro Estados-Membros em outros programas da União Européia. São Países-Membros da EFTA: Islândia, Liechtenstein, Noruega e Suíça.


MERCADO COMUM CENTRO-AMERICANO (MCCA)
Surgiu em 1960 na tentativa de promover a paz na região, afetada por graves conflitos bélicos.
Em 4 de junho de 1961 foi assinado o Tratado de Integração Centro-Americana com o objetivo de criar um mercado comum nessa região. Na mesma época foi criado o Parlamento Centro-Americano (PARLACEN) e a Corte Centro-Americana de Justiça, que ainda não possui caráter permanente. Hoje, os Estados-Membros do MCCA designaram um grupo de trabalho para preparar o processo de constituição da União Centro-Americana, nos mesmos moldes da União Européia. O bloco reúne uma população de 33,7 milhões de habitantes, possuindo um PIB de US$ 59,2 bilhões, com exportações no valor de US$ 18,0 bilhões e importações alcançando os US$ 24,3 bilhões. São Países-Membros do MCCA: Costa Rica, El Salvador, Guatemala, Honduras, Nicarágua.

COMUNIDADE ANDINA, GRUPO ANDINO OU PACTO ANDINO (CAN)
Em 26 de maio de 1969, pelo Acordo de Cartagena, Colômbia, Peru, Venezuela, Equador, Bolívia e Chile criaram uma União Aduaneira e Econômica para fazer restrições à entrada de capital estrangeiro, com base em estudos da Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), órgão da ONU.
Em 1973, com a subida ao poder do General Augusto Pinochet, o Chile retirou-se do Pacto, abrindo sua economia ao mercado externo, principalmente ao norte-americano. Hoje, o grupo de países remanescentes objetiva criar um mercado comum, em função do processo de globalização econômica que exige a formação em bloco para melhor defesa de seus interesses e promoção integrada do seu desenvolvimento.
Este bloco econômico reúne uma população de 114,9 milhões de habitantes, que gera um PIB de US$ 279,3 bilhões, com exportações alcançando os US$ 65,9 bilhões e importações no valor de US$ 52,6 bilhões.
São Países-Membros da CAN: Bolívia, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela.

ALCA
Acordo de Livre Comércio das Américas - Ainda não implantado.
A idéia da ALCA surge em 1994 com o objetivo de eliminar as barreiras alfandegárias entre os 34 países americanos (exceto Cuba). O prazo mínimo para a sua formação é de 7 anos, quando então poderão transformar-se em um dos maiores blocos comerciais do mundo. Com o PIB total de 12,5 trilhões de dólares (maior que o da União Européia - U.E.), os países da ALCA somam uma população de 790 milhões de habitantes, o dobro da registrada na U.E. Na prática, sua formação significa abortar os projetos de expansão do MERCOSUL e estender o NAFTA para o restante das Américas.
Os EUA são os maiores interessados em fechar o acordo. O país participa de vários blocos comerciais e registrou em 2000 um déficit comercial de quase 480 bilhões de dólares. Precisa, portanto, exportar mais para gerar saldo em sua balança comercial. Com uma área livre de impostos de importação, os norte-americanos poderiam suprir as demais nações da América com suas mercadorias. Em maio de 2002, é aprovado nos EUA o fast-track, que permite que o presidente do país possa negociar acordos comerciais, permitindo ao Congresso apenas aprovar ou não os acordos, sem fazer qualquer tipo de emenda ou modificação no texto original. A criação do fast-track está ajudando os EUA a deixar mais rápido a criação da ALCA.
A grande preocupação da comunidade latino-americana, em especial o Brasil, que gera a maioria das reclamações por parte dos críticos à formação do bloco; assim como a preocupação por parte dos governos dos países que irão fazer parte da ALCA, diz respeito às barreiras não-tarifárias (leis antidumping, cotas de importação e normas sanitárias) que são aplicadas pelos EUA. Apesar da livre circulação de mercadorias, essas barreiras continuariam a dificultar a entrada de produtos provenientes da América Latina naquele mercado.








Fonte: www.camara.gov.br; http://europa.eu.




quinta-feira, 23 de junho de 2011

45 lições



Escrito por Regina Brett, 90 anos de idade,  que assina uma coluna no The Plain Dealer, Cleveland, Ohio:

"Para celebrar o meu envelhecimento, certo dia eu escrevi as 45 lições que a vida me ensinou.  É a coluna mais solicitada que eu já escrevi."

 Meu hodômetro passou dos 90 em agosto, portanto  aqui vai a coluna mais uma vez:    
            
1. A vida não é justa, mas ainda é boa.

2. Quando estiver em dúvida, dê somente o próximo passo, pequeno .

3. A vida é muito curta para desperdiçá-la odiando alguém.

4. Seu trabalho não cuidará de você quando você ficar doente. Seus amigos e familiares cuidarão. -  Permaneça em contato.

5. Pague mensalmente seus cartões de crédito. Não deixe dívidas.

6. Você não tem que ganhar todas as vezes. Concorde em discordar.

7. Chore com alguém. Cura melhor do que chorar sozinho.

8. É bom ficar bravo com Deus. Ele pode suportar isso.

9. Economize para a aposentadoria, começando com seu primeiro salário.
10. Quanto a chocolate, é inútil resistir.

11. Faça as pazes com seu passado, assim ele não atrapalha o presente.
12. É bom deixar suas crianças verem que você chora.

13. Não compare sua vida com a dos outros. Você não tem idéia do que é a jornada deles.

14. Se um relacionamento tiver que ser um segredo, você não deveria entrar nele.

15. Tudo pode mudar num piscar de olhos. Mas não se preocupe; Deus nunca pisca.

16. Respire fundo. Isso acalma a mente

17. Livre-se de qualquer coisa que não seja útil -  bonito ou alegre.

18. Qualquer coisa que não o matar - o tornará realmente mais forte.

19. Nunca é muito tarde para ter uma infância feliz. Mas a segunda vez é por sua conta e ninguém mais.

20. Quando se trata do que você ama na vida, não aceite jamais um não como resposta.

21. Acenda as velas, use os lençóis bonitos, use roupa chic.  Não guarde isto para uma ocasião especial. Hoje é especial

22. Prepare-se mais do que o necessário, depois siga com o fluxo. 

23. Seja excêntrico agora. Não espere pela velhice para vestir  roxo.

24. O órgão sexual mais importante é o cérebro.

25. Ninguém mais é responsável pela sua felicidade, somente você..

26. Enquadre todos os assim chamados "desastres" com estas palavras - 'Em cinco anos, isto importará?'

27. Sempre escolha a vida.

28. Perdoe tudo de todo mundo

29. O que outras pessoas pensam de você não é da sua conta

30. O tempo cura quase tudo. Dê tempo ao tempo..

31. Não importa quão boa ou ruim é uma situação, ela mudará.

32. Não se leve muito a sério. Ninguém faz isso.

33. Acredite em milagres.

34. Deus ama você porque ele é Deus, não por causa de qualquer coisa que você fez ou não fez.

35. Não faça auditoria na vida. Destaque-se e aproveite-a ao máximo agora.

36. Envelhecer ganha da alternativa -- morrer jovem

37. Suas crianças têm apenas uma infância.

38. Tudo que verdadeiramente importa no final é que você amou.

39. Saia de casa todos os dias. Os milagres estão esperando em todos os lugares.

40. Se todos nós colocássemos nossos problemas em uma pilha e víssemos todos os outros como eles são, nós pegaríamos  nossos mesmos problemas de volta.

41. A inveja é uma perda de tempo. Você já tem tudo o que precisa.

42. O melhor ainda está por vir.

43. Não importa como você se sente, levante-se, vista-se bem e apareça.

44. P.r.o.d.u.z.a.!

45. A vida não está amarrada com um laço, mas ainda é um  presente !!!!!    


domingo, 17 de abril de 2011

Estrutura de Mercado e Falhas de Mercado

Em economia, Estrutura de Mercado refere-se à descrição de determinado mercado quanto à interação e competição das empresas que nele atuam.

A descrição de determinado mercado inclui:

a) Informações específicas sobre o número de empresas existentes naquele mercado, a existência ou não de barreiras à entrada ou saída e as expectativas acerca das ações futuras das empresas competidoras e do número de empresas.

b) As ações disponíveis para cada firma quanto à escolha do preço, da quantidade a ser produzida e da localização.

Inicialmente, podemos dividir os mercados em dois grandes grupos:

Mercados deConcorrência Perfeita e Mercado de Concorrência Imperfeita.

Mercados de Concorrência Perfeita: São aqueles nos quais os agentes, compradores e vendedores, comportam-se de forma competitiva, isto é, acreditam que as suas ações não podem interferir no preço do mercado, que é dado. Em concorrência perfeita, a firma só pode decidir sobre a quantidade que produz e não sobre o preço. Costuma-se assumir que os mercados de concorrência perfeita são caracterizados por um grande número de empresas que agem como tomadoras de preços (price takers) e vendem um produto homogêneo para consumidores bem-informados (inexistência de assimetria de informações). Pressupõe-se, também, a inexistência de barreiras à entrada ou à saída do mercado.

Mercado de Concorrência Imperfeita

Monopólio: O Monopólio pode ser definido como a estrutura de mercado caracterizada pela existência de uma única empresa e barreiras significativas à entrada. Além disso, pressupõe-se a inexistência de substitutos próximos para os bens que ele produz.  Diferentemente das empresas em um mercado perfeitamente competitivo, o monopolista se defronta com uma curva de demanda decrescente e pode escolher o preço (price searchers) ou a quantidade que será ofertada do seu produto. Por isso, se quiser aumentar a quantidade vendida, deverá abaixar o preço. As barreiras à entrada podem ser provenientes de patentes, concessão pública, alta tecnologia (vantagens de custos), diferenciação de produtos e economias de escala.

Oligopólio:  O Oligopólio é uma estrutura de mercado caracterizada pela existência de um pequeno número de empresas. Como existe um pequeno número de competidores, as ações de uma empresa, influenciam as decisões das demais. Existe uma grande variedade de resultados possíveis para um oligopólio. Se houver uma grande competição entre as empresas, o resultado pode se aproximar daquele que se obtém em concorrência perfeita (preços baixos e grande quantidade vendida). Por outro lado, as empresas podem optar pela cooperação e fixarem preços (cartel). Nesse caso, o oligopólio se aproximaria de um monopólio.

Duopólio: O Duopólio é um caso particular de Oligopólio no qual existem apenas duas empresas no
mercado. Existem basicamente dois tipos de Duopólio:  (1) Duopólio de Cournot: empresas competem em quantidade; e (2) Duopólio de Bertrand: empresas competem em preço.

Concorrência Monopolística: A Concorrência Monopolística é uma estrutura de mercado caracterizada pela existência de poucas barreiras à entrada ou saída e um grande número de empresas que buscam diferenciar seus produtos (com propaganda, serviços, qualidade, facilidades e localização).

Externalidades

Dizemos que ocorre uma externalidade quando a ação de um agente altera o bem-estar de outros. Se a ação de um agente aumentar o bem-estar de outros (benefício social > benefício privado), dizemos que a externalidade é positiva. Por outro lado, se a ação de um agente diminuir o bem-estar de outros (custo social > custo privado), dizemos que a externalidade é negativa.

Exemplos:

(a) Uma empresa que despeja seu lixo em um lago gera uma externalidade negativa aos usuários do lago.

(b) Você fez um lindo jardim em sua casa e gerou uma externalidade positiva a todos os seus vizinhos do bairro que passam em frente a sua casa frequentemente.

Bens de Giffen e Veblen

Trata-se das únicas exceções à Lei Geral da Procura. A quantidade demandada de um bem varia diretamente com o preço do bem, coeteris paribus (curva de procura positivamente inclinada). Bens de Giffen é um tipo de bem inferior. O Bem de Giffen tem esse nome em homenagem a Sir Robert Giffen, que foi citado no século XIX por Alfred Marshall como o criador da ideia.

Os bens de Giffen são bens de pequeno valor, porém de grande importância no orçamento dos consumidores de baixa renda, tais como o pão, farinha de mandioca, etc.

Os bens de Veblen são bens de consumo ostentatório, tais como obras de arte, jóias, tapeçaria e automóveis de luxo.

Invariavelmente, a quantidade procurada de determinado bem ou serviço, é inversamente proporcional a seu preço, segundo os seguintes fatos:

Efeito-renda: Se o preço ao consumidor final aumenta, o mesmo reduz o consumo do mesmo, ocorrendo também seu inverso caso seu preço venha a diminuir.

Efeito-substituição: com o aumento no preço de determinado serviço, os consumidores procuram outro similar de menor valor.

Alunos criativos, mas ... nota 10?











sábado, 19 de março de 2011

Representação da Elasticidade no Gráfico da Demanda

Elasticidade

ELASTICIDADE (η)

ELASTICIDADE: Medida da resposta da quantidade demandada ou da quantidade ofertada a variações em seus determinantes. Sensibilidade que uma variável econômica tem em relação a uma outra variável.

ELASTICIDADE-PREÇO DA DEMANDA (ηpd): mede o quanto a quantidade demandada responde a variações no preço. A elasticidade-preço é a variação percentual da quantidade demandada decorrente de uma variação percentual do preço do bem em questão.

DETERMINANTES:
• Necessidades versus supérfluos: os bens necessários tendem a ter demandas inelásticas. Cabe ressaltar que a classificação de um bem como supérfluo ou necessário não depende das propriedades intrínsecas do bem, mas das preferências do comprador;

• Peso do preço do bem no orçamento do consumidor: bens com maior peso no orçamento tende a ser mais elástico.

• Disponibilidade de substitutos próximos: bens com substitutos próximos tentem a ter uma demanda mais elástica porque é mais fácil para os consumidores trocar um bem por outro;

• Horizonte temporal e geográfico: os bens tendem a ter uma demanda mais elástica em grandes horizontes temporais e geográficos. Quando o preço da gasolina aumenta, a demanda cai pouco nos primeiros meses. No entanto, com o passar do tempo, as pessoas compram carros mais econômicos, passam a usar o transporte coletivo e se mudam para mais perto do local de trabalho. Em alguns anos, mantido o preço elevado, a quantidade demandada de gasolina cai substancialmente.

VARIEDADE DAS CURVAS DE DEMANDA ( Classificação).

• Demanda perfeitamente inelástica ηpd = 0 (um aumento de preço deixa a quantidade demandada inalterada);

• Demanda Inelástica: ηpd < 1,0;

• Demanda com elasticidade unitária ηpd = 1,0 (um aumento de preço tem como conseqüência uma redução da quantidade demandada em magnitude menor);

• Demanda elástica ηpd > 1,0 (um aumento de preço tem como conseqüência uma redução na quantidade demandada em magnitude maior);

• Demanda Perfeitamente Elástica ηpd = (a um determinado preço, os consumidores compram qualquer quantidade).



ELASTICIDADE-RENDA DA DEMANDA (ηYd): medida de quanto a quantidade demandada de um bem varia em relação às variações na renda dos consumidores. A elasticidade-renda é a variação percentual da quantidade demandada decorrente de uma variação percentual da renda do(s) consumidor(es).

CLASSIFICAÇÃO DOS BENS SEGUNDO A ηYd:

• Bem Normal: ηYd = 0;

• Bem Superior ou de Luxo: ηYd > 1,0;

• Bem Normal Necessário: 0  >=  ηYd  >= 1,0;

• Bem Inferior: ηYd < 0,0.


ELASTICIDADE-PREÇO CRUZADA DA DEMANDA (ηxyd): mede a variação percentual da quantidade do Bem X decorrente da variação do preço do Bem Y;

ηxyd  > 0,0 Bens Substitutos;

ηxyd  < 0,0 Bens Complementares.

ηxyd = 0,00 Bens não relacionados, sem relação, independentes.


ELASTICIDADE-PREÇO DA OFERTA (ηs): mede a variação percentual da quantidade ofertada decorrente de uma variação percentual no preço.

VARIEDADE DAS CURVAS DE OFERTA (Classificação).

ηs = 0 Curva de Oferta Perfeitamente Inelástica;

ηs < 1,0 Curva de Oferta Inelástica;

ηs > 1,0 Curva de Oferta Elástica;

ηs = 1,0 Oferta com elasticidade unitária;

ηs =  ∞ Oferta perfeitamente elástica.

Resumo Gráfico: Equilíbrio de Mercado

terça-feira, 8 de março de 2011

Métodos Quantitativos - Básico I

EXPRESSÕES NUMÉRICAS


As expressões numéricas são expressões matemáticas que envolvem números. Devemos lembrar de que existe uma ordem para resolvermos qualquer expressão numérica.

Resumidamente:

1) Parênteses ( )   2) Colchetes [ ]   3) Chaves { }   4) Potência ou Radiciação

5) Multiplicação  6) Soma ou Subtração


Veja o exemplo abaixo:

[6 + (9 / 3) . (2 + 2 + 42) - 170 . (40 : 8 -3)] / 1 - 2

[6 + 3 . (4 + 16) - 1 . (5 -3)] / 1 - 2

[6 + 3 . (20) - 1 . 2] / 1 - 2

[6 + 60 - 2] / 1 - 2

64 / 1 - 2

64 - 2

62

EXPRESSÕES ALGÉBRICAS

São expressões matemáticas que apresentam letras e podem conter números. São também denominadas expressões literais.

Exemplos

A = 2a + 7b

B = (3c + 4) – 5

C = 23c + 4

As letras nas expressões são chamadas variáveis o que significa que o valor de cada letra pode ser substituída por um valor numérico.

Prioridade das operações numa expressão algébrica

Nas operações em uma expressão algébrica, devemos obedecer a seguinte ordem:

1) Potenciação ou Radiciação, 2) Multiplicação ou Divisão, 3) Adição ou subtração

Exercícios:
1) Calcule o valor das expressões numéricas;

a) (-3)2 – 4 – (-1) + 52 =

b) 15 + (-4) . (+3) – 10 =

c) 52 + - [(+20) : (-4) + 3] =

d) 5 + (-3)2 + 1 =

e) 10 + (-2)3 – 4 =

f) 18 - (+7) + 32 =

g) (-2)3 + (– 3)2 – 25 =

h) (-3)2 . (+5) + 2 =

i) + 23 – 1 =

j) 40:[(-1)9 + (-2)3 – 11] =

k) 10 – [5 + (-2) + (-1)] =

l) 2 – {3 + [4 – (1 -2) + 3] -4} =

m) 50:{-5 + [-1 – (-2)5 + (-2) + 3]} =

n) 72 – [6 – (-1)5 – 22] =


OPERAÇÕES COM FRAÇÕES.
* Adição e subtração com denominadores iguais

Para se efetuar o cálculo com frações com denominadores iguais, siga os exemplos abaixo:

4/20 + 5/20 + 6/20 = 15/20

Neste caso, soma-se ou subtrai-se os numeradores e conserva-se os denominadores:

* Adição e subtração com denominadores diferentes

Neste caso efetua-se a substituição das frações dadas por outra equivalentes, fazendo uso do cálculo do MMC dos denominadores.

1/4 + 1/2 + 2/3 MMC (4,2,3) = 12

3/12 + 6/12 + 8/12 = 17/12

* Multiplicação de frações

Os passos para se efetuar uma multiplicação de frações são simples:

1) Multiplicar o numerador, dando origem a outro númerador

2) Multiplicar o denominador, dando origem a outro denominador

Exemplos:

a) 2/5 x 3/2 =6/10

b) 4/3 x 1/5 x 1/4 =4/60 (Neste caso podemos simplificar por 4) =1/15

* Divisão de frações

Para dividir uma fração deve-se multiplicar o primeiro número pelo inverso do segundo número da equação dada, ou seja, o dividendo pelo inverso do divisor.

Exemplos:

a) 3/5 ÷ 2/7 = 3/5 x 7/2 =21/10

b) 2/3 ÷ 1/6 = 2/3 x 6/1 = 12/3 (Neste caso podemos simplificar) =3

* Exercícios

1. Calcule os resultados das expressões

a)11 + (1/2 + 2/5) = R.11 9/10

b) 2 /3 x 4/5 =

c)7/3 x 4/5 =

d ) 1/2 ÷ (1 +3/4)=

2 - Quanto vale 3/4 de 480 ? R.360

Problemas com frações:

01 – Cássio faz uma bolsa com 3/5 de um metro de couro. Quantas bolsas poderão ser feitos com 18 metros de couro ? R. 30 bolsas

02 – Qual é o número cujos 4/5 equivalem a 108 ? R. 135

03 – Para ladrilhar 2/3 de um pátio empregaram-se 5 456 ladrilhos. Para ladrilhar 5/8 do mesmo pátio, quantos ladrilhos seriam necessários ? R. 5.115

04 – Dona Carolina pagou R$ 5.960,00 por 4/7 de um terreno. Quanto pagaria por 4/5 desse terreno? R. R$ 8.344,00

05 – Carla fez uma viagem de 1.210 km, sendo 7/11 de aeroplano; 2/5 do resto, de trem, 3/8 do novo resto, de automóvel e os demais quilômetros, a cavalo. Calcular quantos quilômetros percorreu a cavalo ? R. 165 km

06 – A terça parte de um número adicionado a seus 3/5 é igual a 28. Calcule a metade desse número ? R. 15

07 – Camila tinha R$ 175,00. Gastou 1/7 de 1/5 dessa importância. Quanto sobrou ? R. R$ 170,00

08 – A soma de dois números é 850. Um vale 12/5 do outro. Quais são eles ? R. 600 e 250

09 – Se dos 2/3 de um número subtrairmos seus 3/7, ficaremos com 45. Qual é o número? R. 189

10 – A soma de três números é 30. O primeiro corresponde aos 2/3 do segundo e este, aos 3/5 do terceiro. Calcular o produto destes três números. R. 810

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Uma questão de negociação. KKKK

***

Uma moça escreveu um email para uma revista financeira pedindo dicas sobre "Como arrumar um marido rico". Contudo, e mais inacreditável é que o "pedido" da moça, foi à disposição de um rapaz que, muito inspirado, respondeu à mensagem, de forma muito bem fundamentada. Sensacional!!

Leiam...

Mensagem/email da MOÇA:

Sou uma garota linda (maravilhosamente linda, diga-se de passagem) de 25 anos. Sou bem articulada e tenho classe. Estou querendo me casar com alguém que ganhe no mínimo meio milhão de dólares por ano. Tem algum homem que ganhe 500 mil ou mais neste site? Ou alguma mulher casada com alguém que ganhe isso e que possa me dar algumas dicas? Já namorei homens que ganham por volta de 200 a 250 mil, mas não consigo passar disso. E 250 mil por ano não vão me fazer morar em Central Park West. Conheço uma mulher (da minha aula de ioga) que casou com um banqueiro e vive em Tribeca! E ela não é tão bonita quanto eu, nem é inteligente. Então, o que ela fez que eu não fiz? Qual a estratégia correta? Como eu chego ao nível dela?" (Rafaela S.)

Mensagem/resposta do RAPAZ:

Li sua consulta com grande interesse, pensei cuidadosamente no seu caso e fiz uma análise da situação. Primeiramente, eu ganho mais de 500 mil por ano. Portanto, não estou tomando o seu tempo à toa... Isto posto, considero os fatos da seguinte forma:
Visto da perspectiva de um homem como eu (que tenho os requisitos que você procura), o que você oferece é simplesmente um péssimo negócio. Eis o porque: deixando as firulas de lado, o que você sugere é uma negociação simples, proposta clara, sem entrelinhas: Você entra com sua beleza física e eu entro com o meu dinheiro. Mas tem um problema. Com toda certeza, com o tempo a sua beleza vai diminuir e um dia acabar, ao contrário do meu dinheiro que, com o tempo, continuará aumentando. Assim, em termos econômicos, você é um ativo sofrendo depreciação e eu um ativo rendendo dividendos. E você não somente sofre depreciação, mas sofre uma depreciação progressiva, ou seja, sempre aumenta! Explicando, você tem 25 anos hoje e deve continuar linda pelos próximos 5 ou 10 anos, mas sempre um pouco menos a cada ano. E no futuro, quando você se comparar com uma foto de hoje, verá que virou um caco. Isto é, hoje você está em 'alta', na época ideal de ser vendida, mas não de ser comprada. Usando o linguajar de Wall Street , quem a tiver hoje deve mantê-la como 'trading position' (posição para comercializar) e não como 'buy and hold' (compre e retenha), que é para o quê você se oferece... Portanto, ainda em termos comerciais, casar (que é um 'buy and hold') com você não é um bom negócio a médio/longo prazo! Mas alugá-la, sim! Assim, em termos sociais, um negócio razoável a se cogitar é namorar. Cogitar... Mas, já cogitando, e para certificar-me do quão 'articulada, com classe e maravilhosamente linda' seja você, eu, na condição de provável futuro locatário dessa 'máquina', quero tão somente o que é de praxe: fazer um 'test drive' antes de fechar o negócio... podemos marcar?"

OBS.: Não é a toa que o cara ganha mais de $500.000 por ano !

Piada Econômica . KKKKK, Rsrsrs, etc

***

Isso que é - Sistema Econômico Simples.  kkk

Um viajante chega numa cidade e entra num pequeno hotel.

O mesmo saca duas notas de R$ 100,00, põe no balcão e pede para ver um quarto.

Enquanto o viajante inspeciona os quartos, o gerente do hotel sai correndo com as duas notas de $ 100,00 e vai até o açougue pagar suas dívidas com o açougueiro.

Este, pega as duas notas e vai até um criador de suínos a quem deve e paga tudo.

O criador, por sua vez, pega também as duas notas e corre ao veterinário para liquidar sua dívida.

O veterinário, com a duas notas em mãos, vai até a Zona de Meretrício pagar o que devia a uma prostituta (em tempos de crise essa classe também trabalha à crédito).

A prostituta sai com o dinheiro em direção ao hotel, lugar onde, as vezes, levava seus clientes e que ultimamente não havia pago pelas acomodações, avisa ao gerente que está pagando a conta, e coloca as notas em cima do balcão.

Nesse momento, o gringo retorna dos quartos, pega as duas notas de volta, agradece e diz não ser o que esperava e sai do hotel e da cidade.

Ninguém ganhou nenhum vintém, porém agora toda a cidade vive sem dívidas e com o crédito restaurado, e começa a ver o futuro com confiança!



Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Ciências Econômicas - Resolução nº 04

RESOLUÇÃO Nº 04, de 13 de julho de 2007. Câmara de Educação Superior. Conselho Nacional de Educação. Ministério da Educação.

Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Ciências Econômicas, bacharelado, e dá outras providências.

O Presidente da Câmara de Educação Superior do Conselho Nacional de Educação, no uso de suas atribuições legais, com fundamento no art. 9º, § 2º, alínea "c", da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, com a redação dada pela Lei nº 9.131, de 24 de novembro de 1995, tendo em vista as diretrizes e os princípios fixados pelos Pareceres CNE/CES nos 776/97 e 583/2001, e

considerando o que consta dos Pareceres CNE/CES nº 67/2003, e nº 54/2004, reconsiderado pelo Parecer CNE/CES nº 380/2005, e alterado pelo Parecer CNE/CES nº 95/2007, homologados por Despachos do Senhor Ministro de Estado da Educação, publicados no DOU, respectivamente, em 2/6/2003, 1º/3/2006 e 9/7/2007, resolve:

Art. 1º A presente Resolução institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Ciências Econômicas, bacharelado, a serem observadas pelas Instituições de Educação Superior em sua organização curricular.

Art. 2º A organização do Curso de Graduação em Ciências Econômicas, observadas as Diretrizes Curriculares Nacionais e os Pareceres desta Câmara, indicará claramente os componentes curriculares, abrangendo o perfil do formando, as competências e habilidades, os conteúdos curriculares e a duração do curso, o regime de oferta, as atividades complementares, o sistema de avaliação, o estágio curricular supervisionado, em caráter opcional e o Trabalho de Curso, como componente obrigatório da Instituição, sem prejuízo de outros aspectos que tornem consistente o Projeto Pedagógico.

§ 1º O Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Ciências Econômicas, com suas peculiaridades, seu currículo pleno e sua operacionalização, abrangerá, sem prejuízo de outros, os seguintes elementos estruturais:

I - concepção e objetivos gerais do curso, contextualizados em relação às suas inserções institucional, política, geográfica e social;

II - condições objetivas de oferta e a vocação do curso;

III - cargas horárias das atividades didáticas e da integralização do curso;

IV - formas de realização da interdisciplinaridade;

V - modos de integração entre teoria e prática;

VI - formas de avaliação do ensino e da aprendizagem;

VII - modos da integração entre graduação e pós-graduação, quando houver;

VIII - incentivo à pesquisa, como necessário prolongamento da atividade de ensino e como instrumento para a iniciação científica;

IX - regulamentação das atividades relacionadas com trabalho de curso, como componente obrigatório a ser realizado sob a supervisão docente;

X - concepção e composição das atividades de estágio curricular supervisionado opcional, contendo suas diferentes formas e condições de realização, observado o respectivo regulamento; e

XI - concepção e composição das atividades complementares.

§ 2° Com base no princípio de educação continuada, as IES poderão incluir no Projeto Pedagógico do curso o oferecimento de cursos de pós-graduação lato sensu, nas respectivas modalidades, de acordo com o surgimento de novos ramos econômicos, e de aperfeiçoamento, de acordo com as efetivas demandas do desempenho profissional.

§ 3º Na elaboração do Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Ciências Econômicas deverão ser observadas as seguintes exigências:

I - comprometimento com o estudo da realidade brasileira, sem prejuízo de uma sólida formação teórica, histórica e instrumental;

II - pluralismo metodológico, em coerência com o caráter plural das ciências econômicas formadas por correntes de pensamento e paradigmas diversos;

III - ênfase nas inter-relações dos fenômenos econômicos com o todo social em que se insere; e

IV - ênfase na formação de atitudes, do senso ético para o exercício profissional e para a responsabilidade social, indispensável ao exercício futuro da profissão.

Art. 3º O curso de graduação em Ciências Econômicas deve ensejar, como perfil desejado do formando, capacitação e aptidão para compreender as questões científicas, técnicas, sociais e políticas relacionadas com a economia, revelando assimilação e domínio de novas informações, flexibilidade intelectual e adaptabilidade, bem como sólida consciência social indispensável ao enfrentamento de situações e transformações político-econômicas e sociais, contextualizadas, na sociedade brasileira e no conjunto das funções econômicas mundiais.

Parágrafo único. O Bacharel em Ciências Econômicas deve apresentar um perfil centrado em sólida formação geral e com domínio técnico dos estudos relacionados com a formação teórico-quantitativa e teórico-prática, peculiares ao curso, além da visão histórica do pensamento econômico aplicado à realidade brasileira e ao contexto mundial, exigidos os seguintes pressupostos:

I - uma base cultural ampla, que possibilite o entendimento das questões econômicas no seu contexto histórico-social;

II - capacidade de tomada de decisões e de resolução de problemas numa realidade diversificada e em constante transformação;

III - capacidade analítica, visão crítica e competência para adquirir novos conhecimentos; e

IV - domínio das habilidades relativas à efetiva comunicação e expressão oral e escrita.

Art. 4º Os cursos de graduação em Ciências Econômicas devem possibilitar a formação profissional que revele, pelo menos, as seguintes competências e habilidades:

I - desenvolver raciocínios logicamente consistentes;

II - ler e compreender textos econômicos;

III - elaborar pareceres, relatórios, trabalhos e textos na área

econômica;

IV - utilizar adequadamente conceitos teóricos fundamentais da ciência econômica;

V - utilizar o instrumental econômico para analisar situações históricas concretas;

VI - utilizar formulações matemáticas e estatísticas na análise dos fenômenos socioeconômicos; e

VII - diferenciar correntes teóricas a partir de distintas políticas econômicas.

Art. 5º Os cursos de graduação em Ciências Econômicas deverão contemplar, em seus projetos pedagógicos e em sua organização curricular, conteúdos que revelem inter-relações com a realidade nacional e internacional, segundo uma perspectiva histórica e contextualizada dos diferentes fenômenos relacionados com a economia, utilizando tecnologias inovadoras, e que atendam aos seguintes campos interligados de formação:

I - Conteúdos de Formação Geral, que têm por objetivo introduzir o aluno ao conhecimento da ciência econômica e de outras ciências sociais, abrangendo também aspectos da filosofia e da ética (geral e profissional), da sociologia, da ciência política e dos estudos básicos e propedêuticos da administração, do direito, da contabilidade, da matemática e da estatística econômica;

II - Conteúdos de Formação Teórico-Quantitativa, que se direcionam à formação profissional propriamente dita, englobando tópicos de estudos mais avançados da matemática, da estatística, da econometria, da contabilidade social, da macroeconomia, da microeconomia, da economia internacional, da economia política, da economia do setor público, da economia monetária e do desenvolvimento socioeconômico;

III - Conteúdos de Formação Histórica, que possibilitem ao aluno construir uma base cultural indispensável à expressão de um posicionamento reflexivo, crítico e comparativo, englobando a história do pensamento econômico, a história econômica geral, a formação econômica do Brasil e a economia brasileira contemporânea; e

IV - Conteúdos Teórico-Práticos, abordando questões práticas necessárias à preparação do graduando, compatíveis com o perfil desejado do formando, incluindo atividades complementares, Monografia, técnicas de pesquisa em economia e, se for o caso, estágio curricular supervisionado.

Parágrafo único. Para os conteúdos de Formação Geral, de Formação Teórico-Quantitativa, de Formação Histórica e Trabalho de Curso deverá ser assegurado, no mínimo, o percentual de 50% da carga horária total do curso, a ser distribuído da seguinte forma:

- 10% da carga horária total do curso aos conteúdos de Formação Geral, referentes ao inciso I supra;

- 20% da carga horária total do curso aos conteúdos de Formação Teórico-Quantitativa, referentes ao inciso II supra;

- 10% da carga horária total do curso aos conteúdos de Formação Histórica, referentes ao inciso III supra;

- 10% da carga horária total do curso envolvendo atividades acadêmicas de formação em Metodologia e Técnicas da Pesquisa em Economia e Trabalho de Curso.

Todas as unidades de estudos listadas nos incisos I, II e III acima, correspondentes à formação básica do Economista, deverão constar nos currículos e projetos pedagógicos. Assim fica garantida às Instituições de Educação Superior liberdade para utilizar os outros 50% da carga horária dos cursos segundo seus projetos pedagógicos, paradigmas teóricos preferenciais e peculiaridades regionais.

Art. 6º A organização curricular do curso de graduação em Ciências Econômicas estabelecerá expressamente as condições para a sua efetiva conclusão e integralização curriculares, de acordo com os seguintes regimes acadêmicos que as Instituições de Educação Superior adotarem: regime seriado anual; regime seriado semestral; sistema de créditos com matrícula por disciplina ou por módulos acadêmicos, observada a pré-requisitação que vier a ser estabelecida no currículo, atendido o disposto nesta Resolução.

Art. 7º O Estágio Supervisionado é um componente curricular opcional da Instituição, direcionado à consolidação dos desempenhos profissionais desejados, inerentes ao perfil do formando, devendo a Instituição que o adotar, submeter o correspondente regulamento com suas diferentes modalidades de operacionalização, à aprovação de seus colegiados superiores acadêmicos.

§ 1º O Estágio de que trata este artigo poderá ser realizado na própria Instituição, mediante laboratórios que congreguem as diversas ordens práticas, correspondentes aos diferentes pensamentos econômicos, modelos e propostas, estruturados e operacionalizados de acordo com regulamentação própria prevista no caput deste artigo.

§ 2º As atividades do Estágio Supervisionado deverão ser reprogramadas e reorientadas de acordo com os resultados teóricopráticos gradualmente revelados pelo aluno, até que os responsáveis pelo estágio curricular possam considerá-lo concluído, resguardando, como padrão de qualidade, os domínios indispensáveis ao exercício da profissão.

Art. 8º As Atividades Complementares são componentes curriculares que possibilitam o reconhecimento, por avaliação, de habilidades, conhecimentos, competências e atitudes do aluno, inclusive adquiridas fora do ambiente escolar, abrangendo estudos e atividades independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade, especialmente nas relações com o mundo do trabalho, com os diferentes modelos econômicos emergentes no Brasil e no mundo e as ações de extensão junto à comunidade.

Parágrafo único. As atividades complementares se constituem componentes curriculares enriquecedores e implementadores do próprio perfil do formando, sem que se confundam com estágio curricular supervisionado.

Art. 9º As Instituições de Educação Superior deverão adotar formas específicas e alternativas de avaliação, internas e externas, sistemáticas, envolvendo todos quantos se contenham no processo do curso, centradas em aspectos considerados fundamentais para a identificação e consolidação do perfil do formando.

Parágrafo único. Os planos de ensino, a serem fornecidos aos alunos antes do início de cada período letivo, deverão conter, além dos conteúdos e das atividades, a metodologia do processo de ensino-aprendizagem e os critérios de avaliação a que serão submetidos e a bibliografia básica.

Art. 10. O Trabalho de Curso deve ser entendido como um componente curricular obrigatório da Instituição a ser realizado sob a supervisão docente.

Parágrafo único. O Trabalho de Curso, referido no caput, deverá compreender o ensino de Metodologia e Técnicas de Pesquisa em Economia e será realizado sob supervisão docente. Pode envolver projetos de atividades centrados em determinada área teórico-prática ou de formação profissional do curso, que reúna e consolide as experiências em atividades complementares, em consonância com os conteúdos teóricos estudados. É desejável que tenha o formato final de uma Monografia, obedecendo às normas técnicas vigentes para efeito de publicação de trabalhos científicos, que verse sobre questões objetivas, baseando-se em bibliografia e dados secundários de fácil acesso.

Art. 11. A carga horária dos cursos de graduação será estabelecida em Resolução da Câmara de Educação Superior.

Art.12. As Diretrizes Curriculares Nacionais desta Resolução deverão ser implantadas pelas Instituições de Educação Superior, obrigatoriamente, no prazo máximo de dois anos, aos alunos ingressantes, a partir da publicação desta.

Parágrafo único. As IES poderão optar pela aplicação das DCN aos demais alunos do período ou ano subseqüente à publicação desta.

Art. 13. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Resolução CNE/CES nº 7, de 29 de março de 2006.

ANTÔNIO CARLOS CARUSO RONCA

(Transcrição)

(DOU de 16/07/2007 - Seção I - p. 22)



O Cenário Econômico e a Gestão Empresarial


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O Cenário Econômico e a Gestão Empresarial

Por Jose Carlos Panegalli
25/02/2010.

As empresas não podem permitir-se ignorar os acontecimentos do mundo exterior.

A interdependência das empresas entre si e destas com o Estado e com a economia internacional, é patente. A sobrevivência empresarial depende, em grande parte, do conhecimento dos fatos atuais e da previsão dos acontecimentos futuros, tanto no plano nacional quanto no internacional.

Esta é uma condição de trabalho inerente ao próprio estágio de desenvolvimento pelo qual está passando o Brasil. Em princípio, é uma fase de constantes ajustes e reajustes, pois qualquer trabalho atual constitui apenas um teste para o futuro, cujo alvo é a meta do desenvolvimento global. O cenário econômico e financeiro nacional repercute sempre, direta ou indiretamente, sobre as atividades da empresa.

O administrador empresarial, para gerir bem os negócios e agir nas oportunidades de mercado, deve estar atendo às questões como: expansão econômica, efeitos da inflação, comportamento dos preços, renda per capita, política salarial e aumento de renda, custo de vida, especialização da mão-de-obra e progresso tecnológico. É fundamental ter também o domínio e conhecimento sobre o fluxo de recursos, tais como: fontes externas, empréstimos a juros, fontes internas, exportações e importações, balança comercial, déficits governamentais e aumentos de impostos, cujos fatores provocam mutações na economia.

Importante medir a temperatura econômica, acompanhando os principais índices econômicos, e para compreendermos a importância da economia na gestão das empresas, temos que entender o que seja: micro-economia - o estudo do comportamento dos mercados específicos e da alocação de recursos entre eles, e macroeconomia - o estudo dos eventos no âmbito de toda a economia, como inflação e deflação, prosperidade e recessão.

Os aspectos macroeconômicos:

Se a macroeconomia estuda a estrutura institucional do sistema financeiro e as políticas econômicas de que o governo federal dispõe para controlar satisfatoriamente o nível de atividade econômica dentro da Economia do país, temos também claro que a teoria e a política macroeconômica não conhecem limites geográficos, pois visam estabelecer uma estrutura internacional segundo a qual os recursos fluam livremente entre as instituições e nações, a atividade econômica seja estabilizada e o desemprego possa ser controlado.

Uma vez que a empresa deve operar no âmbito macroeconômico, é importante que o administrador esteja ciente de sua estrutura institucional, estando alerta para as conseqüências de diferentes níveis de atividade econômica e mudanças na política econômica que afetem seu próprio ambiente de decisão. Sem compreender o funcionamento do amplo ambiente econômico, o administrador não pode esperar obter sucesso para a empresa. Deve perceber as conseqüências de uma política monetária mais restritiva sobre a capacidade da empresa obter recursos e gerar receitas. Precisa conhecer as várias instituições que atuam na economia para poder avaliar os canais potenciais de investimento e financiamento dos seus negócios.

O processo de desenvolvimento econômico do país pode ser avaliado pelo índice agregado, ou seja, o Produto Nacional Bruto (PNB), que provém da produção líquida de todos os ramos de atividades do país, formando um valor global, que pode ser comparado com diferentes níveis de produção, em termos monetários, ao longo dos anos, sendo este indicador uma referência que permite relacionar o ramo de atividade e/ou o da empresa, estabelecendo-se um parâmetro quanto ao comportamento crescente ou decrescente, tempestivamente.

O crescimento do PNB sintetiza a evolução da produtividade de uma economia, cujas flutuações, determinam o progresso obtido ou a regressão sofrida pelo país, sendo tudo isso, resultante da ação empresa nacional.

Os efeitos da inflação, por exemplo, sobre a vida empresarial, além de afetar, em certo grau, as relações entre empregados e empregadores é mais acentuado nos assuntos que envolvem: custos industriais, despesas com serviços e gerais, encargos financeiros, reposição de bens, renovação tecnológica e, planos de expansão a longo-prazo, métodos de gestão, reajustes salariais, etc.. Estes efeitos devem ser imediatamente processados e compreendidos no processo decisório da empresa, exigindo as adequações para a sobrevivência.

Os aspectos microeconômicos:

A micro-economia trata da determinação de estratégias operacionais ótimas para empresas ou indivíduos e as suas teorias fornecem a base para a operação eficiente da empresa. Os conceitos envolvidos nas relações de oferta e demanda, as estratégias de maximização do lucro são extraídos da teoria microeconômica. Questões relativas à composição de fatores produtivos, níveis ótimos de vendas e estratégias de determinação de preço do produto, a mensuração de preferência através do conceito de utilidade, risco e determinação de valor, as razões para depreciar ativos e a análise marginal são todas fundamentadas por teorias no nível microeconômico.

A globalização:

A sabedoria convencional nos ensina que os países não mais dispõem do poder absoluto de controlar o seu próprio destino; os governos estão à mercê dos mercados internacionais. O comércio mundial cresceu num ritmo mais acelerado que a produção, e agora o capital internacional se movimenta a uma velocidade sem precedentes, porém, o comércio internacional não é a fonte dos principais problemas dos países. Efeitos da competição internacional, decorrentes da globalização, está muito ligada à produtividade das empresas, à qualidade dos produtos, aos custos e aos serviços agregados nessas relações comerciais internacionais. O superávit comercial é importante para país, mas nem sempre representa força, pois depende do tipo de produto que é exportado, se de valor agregado ou não, e da importância das importações para o desenvolvimento interno.

Conclusão:

Atualizam-se os cenários econômicos nacionais e internacionais, surgem novas tecnologias, evoluem os sistemas de comunicação, instalam-se comunidades econômicas e blocos econômicos, e as empresas, dentro destes ambientes, ajustando-se para a sobrevivência. No Brasil, principalmente nesta última década, as empresas passaram por fusões, aquisições, incorporações, privatizações, com grande presença de capital estrangeiro, provocando mudanças significativas na gestão empresarial, forçadas pelos fatos econômicos. A globalização e a competitividade passaram a exigir das empresas novas posturas com relação à produtividade e qualidade dos seus produtos e serviços.

É certo, hoje, os administradores brasileiros estão mais atentos às questões macroeconômicas e, centrados na solução dos problemas internos, aqueles tidos como microeconômicos, de olho no que estão fazendo as empresas lá fora, para que, na continuidade, o Brasil possa estar entre os países mais importantes da economia mundial.

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Prof. José Carlos Panegalli, Empresário, Assessor Empresarial, Contador CRC 7473 e Administrador CRA 571